Líder do Campeonato Brasileiro, o
Fluminense teve um domingo de protestos contra a arbitragem. Diante do
Internacional, os tricolores pediram pênalti em Fred e ainda reclamaram da expulsão de Leandro Euzébio. Já o
Atlético-MG, dois pontos atrás, poderia ter a sua vitória contra o
Palmeiras dificultada em uma defesa que pode ter sido dentro do gol ou em cima da linha. Confira as principais polêmicas da rodada#23 do Brasileirão e a opinião dos analistas.
No Beira-Rio, aos 15 minutos do primeiro tempo, o atacante Fred deu um lindo drible no zagueiro Rodrigo Moledo e, na hora de finalizar, caiu dentro da grande área. Apesar de implorar a marcação do pênalti, o árbitro Wilton Pereira Sampaio nada apitou e mandou o lance seguir. Para o comentarista de arbitragem Renato Marsiglia, da TV Globo, a decisão foi correta.
- Não aconteceu nada. Entendo que o lance possa causar discussão, mas não houve falta em cima do Fred na área do Inter - disse o analista.
Os visitantes voltaram a protestar com o árbitro aos 14 minutos da etapa final. Após cobrança de falta de Thiago Neves para Carlinhos, Wilton Pereira Sampaio enxergou uma agressão dentro da área, do tricolor Leandro Euzébio no zagueiro Índio, do Colorado. E mostrou cartão vermelho para o jogador do Flu, que deixou o campo afirmando que também fora agredido, com uma cotovelada. Renato Marsiglia concordou com a decisão da arbitragem.
- Eu achei que o Wilton foi correto. Ele acertou um pontapé no Índio - disse.
Aos 23 minutos do segundo tempo, foi a vez de a torcida do Internacional reclamar. O atacante Dagoberto partia livre em direção à área tricolor e, após passar pelo lateral Carlinhos, caiu.
Wilton Pereira Sampaio não apitou e acertou mais uma vez, segundo Renato Marsiglia.
- Não foi falta, mas também acho que o Dagoberto não quis simular. Ele apenas se desequilibrou - afirmou o comentarista.
Aos 42 minutos do segundo tempo, quando o Galo já vencia por 2 a 0, um lance polêmico poderia ter dificultado a vitória atleticana, no Independência. Após cobrança de escanteio, o atacante palmeirense Obina cabeceou para o gol e o goleiro Victor fez grande defesa, com um dos pés aparentemente dentro do gol. O auxiliar atrás da meta permaneceu parado e a jogada prosseguiu. Para o comentarista Léo Figueiredo, a arbitragem parece ter acertado, mas é impossível afirmar se houve o gol.
- Se a gente tomar por base o pé do Victor e a sombra da bola, parece que não foi gol. Mas é um lance muito complicado - disse Léo.
Na partida da Ilha do Retiro, o primeiro tempo foi marcado por dois gols anulados por impedimento, em jogadas muito complicadas. O primeiro lance aconteceu aos 29 minutos do primeiro tempo. Após chute do meia Hugo, o zagueiro Edcarlos desviou de cabeça e balançou a rede. Mas o gol foi anulado. Para o comentarista Eri Santos, o trio de arbitragem acertou.
- Na hora do chute do Hugo, o Edcarlos está inclinado para a frente. É um lance muito difícil para a arbitragem, mas tenho a impressão de que houve o impedimento - afirmou.
Apenas quatro minutos depois, foi a vez do Cruzeiro ter seu gol anulado. Após lançamento do volante Charles, o lateral Everton bateu cruzado e o atacante Wellington Paulista completou para o gol. Novamente, foi marcado impedimento. Eri Santos concorda com a decisão.
- No lançamento do Charles, o Everton está em posição legal. Já o Wellington Paulista está mesmo impedido, à frente da linha da bola.
Aos oito minutos do segundo tempo, no Pacaembu, o atacante Romarinho, do Corinthians, invadiu a área e caiu após dividida com o lateral Edílson, do Grêmio. Apesar do protesto dos corintianos, em campo e na arquibancada, o árbitro Marcelo de Lima Henrique não apitou a penalidade. Para o comentarista Müller, a infração aconteceu.
- Foi pênalti. O jogador do Grêmio deu uma tesoura e atingiu o Romarinho - afirmou.
No Couto Pereira, no sábado, o meia do Coritiba Rafinha desarmou o zagueiro Welinton, do Flamengo, e tabelou com Lincoln e fez o segundo gol da partida, aos 11 minutos do segundo tempo. Para o comentarista do SporTV André Loffredo, não houve falta do jogador do time paranaense no defensor rubro-negro, e o gol foi legítimo.
- A matada de bola no peito do Welinton foi digna de um Gamarra. Depois, tentou sair jogando como um Welinton. Ele entregou a bola para o Coritiba, que soube aproveitar para fazer 2 a 0 - afirmou Loffredo.
Outra reclamação do Flamengo foi em um lance aos 31 minutos do segundo tempo. Após lançamento para Vagner Love, o lateral-esquerdo Eltinho se antecipou e cortou. O atacante carioca pediu um toque de mão do jogador do Coxa dentro da área. O árbitro Sandro Meira Ricci nada marcou. Desta vez, André Loffredo crê que o juiz errou, porque Eltinho teve intenção de desviar a bola.
- Pega no braço e há um movimento de levar o braço em direção à bola. Ele movimenta o ombro e tira a bola - disse.
No clássico da Vila Belmiro, aos 17 minutos do primeiro tempo, o meia Felipe Anderson, do Peixe, disputou a bola com o tricolor Denílson e caiu na grande área. O árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza não marcou falta e ainda deu cartão amarelo para o jogador santista. Para o comentarista de arbitragem Leonardo Gaciba, houve a infração, mas fora da área.
- Foi falta. Houve um chute no calcanhar do jogador fora da área. Acho que ele realmente sentiu dor. A aplicação do cartão amarelo foi um exagero - afirmou Gaciba.
Na partida de domingo, no Engenhão, o zagueiro Ronaldo Alves, do Náutico, arriscou de fora da área e o goleiro Renan espalmou. No rebote, o lateral Lúcio chegou na frente e, na dividida, caiu na área. A jogada, que aconteceu aos 27 minutos do segundo tempo, foi anulada por impedimento. Na opinião do comentarista Raphael Rezende, Lúcio estava em posição legal, mas não sofreu falta de Renan.
- O assistente errou e errou feio. Mas depois o Lúcio dá um tapa na bola e se joga - disse o jornalista.